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terça-feira, 19 de agosto de 2014

MINICONTOS REVELAM OLHAR POÉTICO DE NOVA AUTORA CURITIBANA

Escritora Maria Helena Macedo lança “Contando Azulejos”, seu livro de estreia, na Livraria Arte & Letra neste sábado (23/8)

Das ruínas urbanas e humanas do Haiti até a solidão de um asilo para idosos numa cidade qualquer, o olhar da escritora Maria Helena Macedo captou cenas pelo mundo e pela vida a fora. Digeridas por um olhar poético, estas imagens foram transformadas em textos curtos, nos quais cada palavra ganha peso e intensidade. Esta é a matéria prima de “Contando Azulejos”, livro de estreia que a jovem autora lança neste sábado (23/8), na Livraria Arte & Letra, às 16h.
O trabalho, publicado pela Editora Máquina de Escrever e com capa do artista plástico André Mendes, compila 72 contos. Breves no formato – a maioria necessita de apenas uma página -, revelam na leitura uma surpreendente densidade, na qual cada palavra guarda muitas imagens e emoções.
Os textos foram escritos de forma independente ao longo de mais de dez anos de produção. Ganham unidade não só no formato, mas também na condição de resultar de uma observação atenta de experiências vistas ou vividas por Maria Helena. Oficial de chancelaria no Itamaraty, ela participou como voluntária da missão brasileira no Haiti, durante dois meses. O contato com as pessoas daquele país arrasado pela miséria e guerra inspirou a autora a realizar uma exposição, em 2008, na sua volta a Brasília, onde morava na época. Formado por fotos e textos breves, o trabalho teve uma boa repercussão e foi o embrião para o projeto de reunir seus textos em livro.
Nesta obra que agora chega às prateleiras, ela compila observações colhidas pela vida, desde um corriqueiro trajeto de ônibus pelo centro de Curitiba até a realidade caótica das favelas de Porto Príncipe. Sem preocupação documental – ou seja, sem menções aos locais ou as datas nas quais as histórias se passam - ela foca na essência do que viu e sentiu, tentando inserir o leitor em uma realidade imaginada. Primeiro registra na memória. Tempos depois, diante do teclado, dá nova vida às cenas capturadas, num trabalho cuidadoso de síntese e escolha das palavras. Lapidação em busca do âmago.

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