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terça-feira, 7 de outubro de 2014

Primeiro bebê de proveta do país completa hoje 30 anos

Anna Paula Caldeira nasceu em 07 de outubro de 1984. O marco histórico da paranaense está oficializado no RankBrasil – sistema de registro de recordes brasileiros

O diretor do RankBrasil Luciano Cadari entregando o troféu para Anna Paula e Ilza Caldeira / Foto: RankBrasil
O dia 07 de outubro de 1984 é considerado um marco na história da medicina brasileira. Há exatamente 30 anos, em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba (PR), nascia Anna Paula Caldeira, o primeiro bebê de proveta do país, recorde oficializado pelo RankBrasil.
Técnica inédita na época, a concepção da menina aconteceu por fertilização in vitro (onde o óvulo é fecundado em laboratório), através do médico Milton Nakamura, já falecido. O nascimento da paranaense ocorreu apenas seis anos após o primeiro pelo procedimento da história, a inglesa Louise Brown.
Mesmo com o assédio da mídia, Anna Paula nunca teve problemas quanto à sua origem. Segundo ela, a família sempre tratou o assunto de maneira natural, mostrando reportagens e explicando tranquilamente o processo, o que a fez crescer e levar uma vida normal.
Formada em Nutrição, exerce a profissão em Curitiba. Gosta de viajar e de aventuras. Quando possível está perto do mar, em montanhas ou florestas. Apesar de não ter religião, pratica a espiritualidade através do contato com a natureza. “Desta forma me aproximo e me conecto com Deus”, revela.
A paranaense não se sente especial, mas compreende a importância de seu nascimento para a medicina e para mulheres que não podem ter filhos. “Eu sou apenas um produto, a minha mãe é quem merece todo o reconhecimento pela convicção diante do processo”.

Em busca da técnica

Ilza Maria Caldeira, mãe de Anna Paula, já tinha cinco filhos com o primeiro marido. Devido a uma complicação na última cesárea, chamada peritonite, não poderia mais engravidar. Ao se casar com o segundo marido, o urologista José Antônio Caldeira, a técnica de Raio X, atualmente aposentada, decidiu se submeter ao procedimento e ser mãe novamente.
“Quando minha ginecologista me sugeriu a fertilização eu até brinquei: isto é lá pelo ano de 2000 e eu preciso resolver agora”, lembra. Ao procurar o doutor Nakamura, que atuava em pesquisas na área há 13 anos, não foi considerada uma candidata ideal, mas afirmou: “Independente das minhas condições físicas eu tenho um Deus e se Ele quiser saio daqui grávida”.
Em janeiro de 1984, na primeira tentativa ela engravidou, mas apenas próximo ao terceiro mês de gestação ficou sabendo sobre Anna Paula ser o primeiro bebê em evolução concebido pelo procedimento. “A equipe médica tinha um cuidado exagerado comigo e só depois entendi o motivo”.

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