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quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Orquestra Harmônicas de Curitiba comemora 35 anos

Capela Santa Maria será o palco da celebração desta que é a única formação do gênero nas Américas


Trinta e cinco anos é um bom caminho percorrido e merece uma comemoração! É exatamente isso que fará a Orquestra Harmônicas de Curitiba (OHC), nos próximos dias 18 e 19 de outubro no palco da Capela Santa Maria. Além dos concertos comemorativos, o grupo prepara o lançamento de um novo disco que vai brindar seu público com uma seleção dos melhores temas já tocados em sua trajetória.
“Estamos passando por uma profunda reestruturação musical e comercial, buscando nos atualizar aos novos tempos, mantendo e preservando a tradição da única orquestra de harmônicas existente nas Américas e uma das poucas em todo o mundo”, explica Benevides Chiréia, coordenador musical da OHC.
Mesmo carregando o nome da cidade, a OHC não é um grupo apoiado pelo município. Chegou a ter este apoio em seu início, mas com as mudanças políticas o poder público se afastou abrindo espaço para que a iniciativa privada se transformasse na principal parceira. Ao longo deste período, a OHC ficou parada apenas dois anos, entre 2010 e 2011. “Até tomarmos a atitude de resgatar esse patrimônio da cidade de Curitiba”, diz Chiréia.
O plano para este ano é recolocar a OHC nos palcos e na mídia. “Muitas pessoas nos conhecem, mas acham que o grupo acabou. Em 2015, nossa intenção é entrar em estúdio, mas isso vai depender das famosas leis de incentivo que são obscuras para muita gente ainda”, pondera.
Atualmente, o grupo faz dois encontros semanais para manter o repertório, segundo o coordenador algo raro entre os grupos de música. “O acervo deixado pelos criadores da OHC tem mais de 400 arranjos exclusivos e focamos em recuperar e tocar uma seleção de 30 temas deste acervo”, explica. “Desde nossa retomada estamos apenas ensaiando e nos dedicando ao repertório do grupo, algo também muito raro na mentalidade dos músicos atuais”, diz.
Formada por sete harmonicistas, a OHC agregou recentemente três músicos de base. “Vamos modernizar o som, mas sem perder a essência que nos torna únicos no universo da música instrumental brasileira”, assegura Chiréia. “A partir do próximo ano vamos desenvolver novos arranjos e modificar o repertório aos poucos”, adianta, acrescentando que a Orquestra tem uma empresa interessada em patrocinar o grupo, mas aguarda novos editais de incentivo a cultura na cidade para viabilizar os novos projetos.

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