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segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Paulo Pimentel Paranhos – Uma lição de fé.



Dos bons tempos em que eu estudava no Colégio Sion, lembro-me com absoluta clareza a casa do Dr. Paulo Pimentel, logo à frente da portaria da rua Presidente Taunnay, em estilo modernista, projetada por Lolô Cornelsen, recuada e intermediada do passeio por meio de uma calçada de acesso em curva. É claro que toda meninada daquela época observava o movimento da família do Governador, seja pelo vai e vem constante de entrada e saída, seja pela oportunidade de vê-lo pessoalmente, de olhos claros e queixo quadrado, tal e qual os artistas da TV, qualidade que, aliás, ele também acumulava pelas transmissões da Globo e depois do canal 4. Desse modo, a família do doutor Paulo, Dona Ivone e suas quatro filhas sempre foram conhecidas por mim e por todos os curitibanos. As lembranças do passado nos faz congelar no tempo.


O filho de Vera, já homem feito, às lidas em escritório de advocacia e atleta, intermediado por uma infinidade de obrigações, entre petições, recursos, visitas aos Tribunais, e tratativas com os membros da banca, teve olhares de acolher em atenção, nova estagiária que se revelava, pelos modus forenses, completamente novata. Acomodada às suas novas atribuições, graças ao empenho do jovem advogado, Robi sentia-se em gratidão. Passados uns dias, tem conhecimento de que seu tutor não iria trabalhar, ao que, procura desempenhar as tarefas daquele, ao menos às que reputa urgentes. Nesse período trocam mensagens, quando se registra o envio de Paulo em agradecimento: - Robi, obrigado pela força, te devo essa.... Naquele mesmo dia ela recebe a notícia de que ele nunca mais retornaria ao escritório. Em paralelo, a família Pasquale vivenciava um drama. O irmão de seu pai aguardava à meses transplante urgente e indisponível de fígado. Em vista à gravidade do seu quadro clínico, ele era o terceiro na lista de receptores, e sua vida estava contada em horas. Em choque, diante das notícias, os fatos eram vivenciados pela jovem em turbilhão. Parece que da tempestade adveio a calmaria juntamente com a notícia de que seu tio era o único que apresentou compatibilidade para receber o órgão de rapaz acidentado, já operado e passando bem. Dezoito pessoas em condições críticas foram atendidas pela bondade dessa família. Dezoito pessoas estão recuperando a plenitude da vida. Assim, a finitude se transmudou na saúde, na aproximação, na contingência, na coincidência, no amor, na bondade, na paixão, no renascimento e, principalmente, na esperança. Deixemo-lhe a sua mensagem registrada aqui, dezoito milhões de vezes, à eternidade digital: obrigado pela força, te devo essa....

5 comentários:

  1. a história me comoveu, hoje meu dia será melhor

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  2. a história é triste e linda

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  3. paulo virou uma estrela no céu

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  4. O meu marido foi um dos dezoito, que teve um novo recomeço, hoje com o novo rim sua perspectiva de vida se torna possível e real. Ele estava vivendo por milagre, só um novo rim poderia salvá-loe foi graças a um ato de grande generosidade e amor que tornou o sonho possível de viver longamente. Foram anos de espera, muitas idas e vindas de hospitais com direito a hemodiálise e diálise que acaba com as forças de qualquer um. E no dia 22/09/12, num sábado que acabava de começar recebemos a noticia de um possível doador e depois de horas de espera, recebemos a noticia que o rim era 100% compatível e que no mesmo dia seria realizado o transplante.Depois de passar a madrugada inteira na espera da cirurgia, veio a confirmação que foi um sucesso e que meu marido passava bem. Ao se passar três dias após a cirurgia consegui ver meu marido, e ele estava completamente bem e com 5 dias de transplante já fi liberado para ir para casa. Daqui a alguns dias vai 4 anos e só temos a agradecer a Deus por ter concedido o milagre e a benção de meu marido estar muito bem e sem nenhuma intercorrência e também agradecer a família Pimentel que mesmo com a dor da perda conseguiu fazer 18 famílias sorrir e voltar acreditar que tudo é possível. Muito obrigada!!!!

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