Programação especial será realizada no domingo, com entrada gratuita
O Museu Paranaense (MP), espaço da Secretaria de Estado da Cultura (SEEC), completa neste domingo, 25 de setembro, 135 anos. Para comemorar, o espaço proporciona uma programação diversificada para os visitantes. A partir das 11 horas, o Coral da Terceira Idade da Fundação de Ação Social do bairro Boa Vista se apresenta no jardim do museu. Uma ação especial será realizada com as pessoas que passarem pela Feira do Largo. Elas poderão visitar o Museu Paranaense com visitas mediadas até às 13 horas. Os funcionários estarão com figurinos de época do acervo do Teatro Guaíra.
História – Em 1874, Agostinho Ermelino de Leão e José Cândido da Silva Muricy expuseram a ideia de criar um museu e jardim de aclimação em Curitiba. Sua inauguração, porém, só ocorreu em 25 de setembro de 1876, com o Museu Paranaense, que possuía um acervo de cerca de 600 peças.
Sua primeira sede foi no Largo da Fonte, hoje Praça Zacarias, onde permaneceu por 25 anos. A segunda sede foi na Rua Dr. Muricy, ao lado do então Teatro São Teodoro, em 1900. Em 1913 foi transferido mais uma vez, ocupando o imóvel do antigo Teatro Tivoli, à Rua São Francisco. As dependências se tornaram pequenas e, em1930, transferir-se, juntamente com a Biblioteca Pública do Paraná, para sua quarta sede, no Palacete Macedo, situado no Batel. Em 1965, depois de 37 anos, o Palacete Macedo deixou de oferecer condições para abrigar as coleções do museu, que se transferiu à sua quinta sede, um imóvel particular na Rua Treze de Maio.
Cem anos após ter sido idealizado, em 1974, o Museu Paranaense instalou-se na sua sexta sede, à Praça Generoso Marques, no prédio que havia sido construído no início do século XX para abrigar o Paço Municipal, onde permaneceu até 2002. Depois de uma grande reforma, o Palácio São Francisco virou a sede do museu, numa área de cerca de 4,7 mil metros quadrados, com condições de abrigar o maior acervo histórico, arqueológico e etno-antropológico de todo o Paraná.
Acervo – O MP possui hoje aproximadamente 400 mil itens, entre objetos de uso pessoal, mobiliário, armas, uniformes e indumentária, documentos, mapas, fotos, filmes, discos, máquinas e equipamentos de diversas espécies, moedas, medalhas, porcelanas, pinturas em diversas técnicas e esculturas, além de grande acervo arqueológico (lítico, cerâmico e biológico), antropológico (cestaria, plumária, adornos diversos, armas e cerâmica) e retratos a óleo da antiga Pinacoteca do Estado.
Recebeu três grandes acervos entre 1979 e 2005. O primeiro foi a herança de Vladimir Kozák, naturalista tcheco, que viveu em Curitiba de 1928 a 1979. São pinturas, desenhos, aquarelas, fotografias, filmes e documentos que retratam os índios do Paraná e do Brasil.
O segundo pertencia ao antigo Banco do Estado do Paraná. Após a privatização do Banestado, seu museu foi desativado e o acervo, constando de documentos, objetos, fotos, livros e uma coleção de moedas, cédulas e medalhas, foi incorporado ao Museu Paranaense.
Em 2004, foi adquirido pelo Governo do Paraná o acervo do extinto Museu Coronel David Carneiro, com cerca de cinco mil itens, entre peças de mobiliário, obras de arte, livros, documentos, numismática, ferramentas, utensílios e porcelanas.
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