Depois de reunir mais de três mil pessoas no Canadá, onde tudo começou a Marcha das Vagabundas, (SlutWalk) se disseminou por Chicago, Boston, Paris, São Paulo, Los Angeles, Edinburgo (Escócia), Estocolmo (Suécia), Amsterdã (Holanda), Copenhagen (Dinamarca), Camberra (Austrália), Recife e agora, em Florianópolis.
Pra quem não viu, na Universidade de Toronto (Canadá), o policial Michael Sanguinetti afirmou em uma palestra que as mulheres deveriam evitar se vestir como prostitutas a fim de não serem vítimas de estupros. A declaração do policial gerou revolta e foi motivo de protesto em Toronto, a SlutWalk ou Marcha das Vagabundas, que se disseminou pelo mundo.
O encontro em Florianópolis está marcado para sábado 18 de junho, na Catedral Metropolitana em frente a Praça XV, no Centro. A saída está prevista para as 14h00, mas haverá concentração a partir da 13h00 no mesmo local. No mesmo dia acontecem manifestações em Brasília, Salvador e Belo Horizonte. A Marcha das Vagabundas estará em Florianópolis, vinculada junto a Marcha da Liberdade, pois ambas dialogam no sentido de se dizer o que pensa e ser quem é.
De acordo com a organização da marcha a idéia é estender o protesto a Florianópolis não só em forma de apoio às canadenses, mas expor sua indignação chamando atenção ao fato de que no Brasil posturas como estas são corriqueiras e o mesmo argumento já foi usado para culpabilizar mulheres em situações de estupros e violências diversas, em função do lugar privilegiado que o machismo tem sobre homens e também mulheres. O nome Marcha das Vagabundas pretende questionar o uso negativo que se dá ao termo, estigmatizando mulheres que são agentes de seu corpo, de sua sexualidade e escolhas estéticas.
Muitas ainda são vistas e tratadas como inferiores aos homens. O sexismo ainda molda as relações e as desigualdades perpetuam-se nas relações entre os gêneros. Ao mesmo tempo em que as mulheres conquistam espaços profissionais, políticos, acadêmicos, entre outros, se nota que o corpo demarca as limitações de liberdade das mulheres, desconsiderando-as enquanto sujeitas autônomas.
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