Mais da metade dos 52 mil mortos por homicídios no Brasil em 2011, eram jovens entre 15 e 24 anos. Desta parcela, 71% eram negros (pretos e pardos), sendo 93% do sexo masculino. Os números são do Mapa da Violência divulgado em 2013 pelaSecretaria-Geral da Presidência da República, a Secretaria Nacional de Juventude e a Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial.
Diante desse quadro, e com um projeto pedagógico que busca mobilizar e articular setores do governo e a sociedade civil no enfrentamento da violência, mas principalmente conscientizar adolescentes e jovens, a Fundação Museu do Futuro lança neste ano a cartilha “Educar no Presente para a Paz no Futuro”. Para isso, a entidade fará um evento de apresentação em sua sede, no dia 26 de março, quarta-feira, às 20 horas, para apresentar o trabalho ao empresariado local, afim de arrecadar fundos que patrocinem a ação.
A intenção é de que esse assunto esteja mais presente nas salas de aula e que entre para o currículo escolar. “Sabemos que a educação por si só não é suficiente para reduzir os índices de violência, mas aliadas à políticas públicas, sociais e de segurança podem garantir a efetividade dessa campanha”, comenta o vice-presidente da Fundação, Paulo Meyer Filho.
Direcionado para alunos acima de 11 anos das redes pública e privada, o material é um incentivo ao debate das várias formas de violência enfrentadas hoje por adolescentes e jovens, dentro e fora de casa. É possível encontrar em seu conteúdo informações sobre as violências doméstica, urbana e do trânsito, além do bullying e cyberbullying. O material será de grande valia também, para o treinamento de professores e demais profissionais da área pedagógica dessas instituições.
Como apoio, além da cartilha foi produzido um vídeo institucional que conta com a participação de artistas e atletas que já sofreram com a violência, autoridades e representantes de organizações que atuam diretamente nessa área.
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