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quarta-feira, 12 de março de 2014

Cândido traz especial sobre literatura produzida nos anos de chumbo

Em sua 32ª edição, Cândido apresenta um panorama da cena literária brasileira durante a Ditadura Militar e de que maneira autores brasileiros problematizaram em sua obras o Golpe, que neste mês completa 50 anos
A literatura brasileira, assim como a música e o teatro, também foi foco de resistência durante a Ditadura Militar. Após 50 anos do Golpe Militar de 1964, a 32ª edição do Cândido, jornal editado pela Biblioteca Pública do Paraná, traz um especial sobre a literatura feita ao longo das duas décadas de exceção política no país.
Reportagem de Osny Tavares mostra, entre outras nuances, que os autores não absorveram, imediatamente, o impacto da ditadura, porém, com o lançamento de Quarup, de Antonio Callado, em 1967, a realidade passou a ser matéria-prima em nossa ficção. Tavares também entrevistou Ferreira Gullar, o autor, entre outros, de Poema sujo, que conta de que maneira o golpe interferiu em sua vida, obrigando-o a se exilar na Argentina.
Na reportagem “Resistência nos pinheirais”, a jornalista Thaís Reis Oliveira apresenta autores paranaenses, como Walmor Marcellino, Fábio Campana, Nelson Padrella e Teresa Urban, que também problematizaram os Anos de Chumbo em suas obras. O escritor André Sant'Anna escreveu, a convite do Cândido, um conto inédito, ambientado entre 1964 e 1985, chamado “A História da Revolução”.
A edição 32 do Cândido também contempla inéditos: fragmento de um romance inédito de Maria Valéria Rezende, poemas de Reynaldo Damázio e Ricardo Aleixo e um conto de Bruno Zeni, curitibano radicado em São Paulo. O perfil do leitor apresenta os primos integrantes da banda Charme Chulo. E a seção making of recupera a impressionante história de Os sofrimentos do jovem Werther, de Goethe, clássico da literatura alemã e universal.

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