A Fundação do Asseio e Conservação do Estado do Paraná (FACOP) sediou na última sexta-feira, 15, uma mesa redonda entre parlamentares, representantes do setor e a comunidade, para debater o Projeto de Lei 4302/98 que altera a legislação sobre trabalho temporário e regulamenta a terceirização da mão de obra no país. A Fundação está instalada em um complexo de 13 mil metros quadrados em Almirante Tamandaré, região metropolitana de Curitiba (PR).
Responsável pela qualificação de 4 mil profissionais do setor de asseio e conservação, a FACOP é hoje o maior centro profissionalizante do segmento no Brasil.O evento foi coordenado pelo presidente da FACOP, Adonai Aires de Arruda, também presidente do Sindicato das Empresas de Asseio e Conservação do Paraná (SEAC-PR), e pelo diretor financeiro da Fundação e presidente do Sindicato dos Empregados das Empresas de Asseio e Conservação do Paraná (SIEMACO-PR), Manassés Oliveira. Também contou com a presença de Vilson Goinski, prefeito de Almirante Tamandaré, Ricardo Garcia, presidente da Federação Brasileira das Empresas de Asseio e Conservação (FEBRAC), Luciano Galea, presidente da Associação Brasileira do Mercado Profissional de Limpeza (ABRALIMP), Laércio Oliveira, deputado federal, Ari Bittencourt, vice-presidente da Federação do Comércio do Paraná, Maurício Arruda, representando o Governador em exercício Flávio Arns, Dete Pavoni, vice-prefeita de Almirante Tamandaré, Romildo Brito, Secretário da Educação de Almirante Tamandaré, Mario Celso Cunha, Secretário de Estado para a Copa, e Cleito Kielse, deputado estadual.Ao longo do debate, Arruda afirmou que a terceirização será sempre a melhor forma de gestão e que a definição dos cargos e funções a serem terceirizadas deve ficar a critério do mercado. “No entanto, precisamos da regulamentação, uma vez que temos ótimos gestores, mas também temos pessoas de má fé prejudicando a categoria”, descreveu.
De acordo com Manassés “todos vêm trabalhando pela regulamentação. Nós estamos perdendo muito porque quando empresas sem comprometimento concorrem em uma licitação reduzem os preços ao máximo, aumentando o risco de não conseguirem atender a demanda e de não honrarem seus compromissos com os trabalhadores contratados”.O setor de asseio e conservação gera hoje para o Paraná cerca de 40 mil empregos diretos e 200 mil indiretos. O dado foi apresentado pelo deputado Kielse que também anunciou que até 2012 todas as empresas do setor serão obrigadas a contratar somente mão de obra qualificada. “Esta é uma grande conquista e um grande passo para a regulamentação. Hoje temos 15 mil vagas não preenchidas e à espera deste profissional qualificado. Até o final do ano este numero deve chegar a 30 mil”, completou. O deputado federal Laércio Oliveira falou sobre a atuação da Frente Parlamentar Mista da Câmara dos Deputados. “Buscamos a terceirização com responsabilidade. A Frente Parlamentar Mista da Câmara dos Deputados tem lutado contra a precarização e a favor da responsabilidade”, declarou.O Secretário de Estado para a Copa, Mario Celso Cunha, falou sobre a COPA 2014 dando detalhes sobre o andamento dos trabalhos. "A logística necessária para receber a COPA impacta diretamente o setor de asseio e conservação e tenho certeza que o Paraná estará bem estruturado”.
O superintende executivo da FACOP, Pedro Paulo Guerreiro, apresentou uma prestação de contas incluindo as últimas ações da Fundação e o planejamento para os próximos meses. “No ano que vem a FACOP também oferecerá cursos técnicos e cursos à distância, ampliando seu alcance e levando seus cursos gratuitos a um maior número de pessoas”. Durante o evento também ocorreu a reinstalação da Câmara Técnica de Regularização dos Serviços Terceirizáveis, o lançamento da pedra fundamental para a construção de uma creche na sede da FACOP e a inauguração de quatro novos espaços educacionais: Restaurante-Escola, Hotel-Escola, Laboratório de Limpeza Hospitalar, e Escola de Panificação & Confeitaria. Os espaços serão utilizados pela FACOP para a realização de cursos profissionalizantes gratuitos.
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