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domingo, 1 de julho de 2012

Estado de alerta no Paraná contra a gripe A (H1N1)

Treze casos de morte pela doença já foram registrados em 2012

Nas regiões com o clima mais frio, a prevenção contra gripes e resfriados deve ser constante. E, com a chegada do inverno os cuidados devem ser redobrados. Surto pandêmico em 2009, a gripe A volta a fazer vítimas no país. Só no Paraná já foram registrados 180 casos da doença, com 13 óbitos. Entre 2009 e 2010, época da pandemia da gripe A, cerca de 280 mil mortes foram registradas em todo o mundo. Sendo um subtipo do vírus Influenza, a gripe A pode circular entre humanos, suínos, cavalos, mamíferos marinhos e aves. 
Como qualquer outro vírus de gripe, que sofre mutações ao longo do tempo, o Influenza do tipo A é mais comumente associado a grandes pandemias e, consequentemente, carrega consigo o maior número de óbitos. As complicações geralmente derivam do diagnóstico tardio da doença, que influenciam no tratamento, e também dos casos em que o paciente já apresenta outros problemas de saúde. Além disso, gestantes, crianças e idosos aprestam maior pré-disposição à doença. “Pacientes com comorbidades, como doenças cardiovasculares e pneumopatias, neonatos, idosos, gestantes e pacientes com alterações do sistema imunológicos, estão mais sujeitos a complicações decorrentes da gripe A”, destaca Carla Martins, médica do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH) do Hospital e Maternidade Santa Brígida.
Dos 13 casos de morte registrados no Estado, 11 foram somente no mês de junho. Especialistas alertam que o clima desse último mês se assemelha muito ao de 2009, com baixas temperaturas e excessiva umidade, atmosfera propícia para a proliferação dos vírus de doenças respiratórias. “O momento é de alerta, pois o vírus da Influenza pandêmica A continuou a circular pelo mundo e agora, com a chegada do inverno já foi verificada a circulação concomitante dos vírus H1N1 e da influenza sazonal, H3N2”, explica a médica. 
Entre os sintomas mais comuns das gripes estão febre, dores de cabeça e pelo corpo, coriza, tosse e inflamação da garganta. O problema é que nesses casos a automedicação é uma prática recorrente entre a população que pode mascarar a doença. No caso da gripe A o diagnóstico precoce é fator fundamental para a cura. Por isso, a Secretaria de Saúde do Estado tem orientado os médicos a prescreverem imediatamente o antiviral Oseltamivir ao suspeitar de qualquer quadro de síndrome gripal, independente de confirmação por exames de laboratório, já que o medicamento é eficaz para todos os tipos do vírus Influenza. Outro fator de fundamental importância para o Estado foi a superação da meta de vacinação (que era de 80%) com 87% da população de crianças de seis meses a dois anos, gestantes, idosos e profissionais de saúde imunizados contra a gripe.

Prevenção
Lavar as mãos constantemente, cobrir a boca ao tossir ou espirrar e manter os ambientes ventilados e evitar aglomerações. Esses são alguns dos cuidados básicos para se proteger da contaminação. Não compartilhar objetos de uso pessoal como talheres, copos e toalhas também fazem parte do protocolo de prevenção. A vacinação contra a gripe é outro fator de prevenção de grande relevância. Porém, vale destacar que a vacina não possui 100% de eficácia, já que o vírus da gripe é um vírus mutante.  Mesmo aquelas pessoas que tomaram a vacina devem ficar atentas aos primeiros sinais de um quadro gripal. 
Em ambientes hospitalares a higienização das mãos com álcool 70% e a rigidez nas normas de controle e circulação de pessoas, bem como na avaliação dos visitantes e acompanhantes quanto a presença de sintomas gripais fazem toda a diferença. No Hospital e Maternidade Santa Brígida, por exemplo, desde o primeiro surto da doença em 2009, não foram registrados mais casos devido às ações de prevenção. “Não tivemos nenhum repique dentro do hospital a partir de cuidados básicos juntamente com a vacinação de todos os funcionários e conscientização dos visitantes”, explica Karin Lohmann Bragagnolo, enfermeira do SCIH da instituição. No hospital existem banners, álcool gel e a visitação acaba sendo limitada nesses períodos mais críticos. “Como a maternidade é um ambiente festivo as pessoas querem entrar para visitar mãe e bebê e esquecem de algumas medidas preventivas, mas nós estamos aqui para relembrá-las de que devemos evitar aglomerações, pessoas resfriadas não devem visitar o hospital e a higiene das mãos é muito importante”, conclui a enfermeira.

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