Foram 784 quilômetros percorridos por 144 carros entre os dias 13 e 16 deste mês. Quatro dias de muita adrenalina e aventura. O Transcatarina 2011 partiu de Fraiburgo, na serra do estado, em direção a Balneário Camboriú, no litoral, passando por cerca de 40 cidades, entre elas: São Cristovão do Sul, Lages, Otacílio Costa, Rio do Sul e Apiúna.
A equipe responsável pelos trechos do rali comemorou o sucesso de um percurso seguro, com grandes desafios e belas paisagens: “O Transcatarina evolui a cada ano e em 2011 os resultados foram ótimos. O clima, mesmo que um pouco mais seco do que o das últimas edições, continuou impecável. Tivemos chuva e tempo aberto nas horas certas. Outro ponto muito importante foi que mais uma vez fechamos o rali sem acidentes. Se somarmos os três anos de Transcatarina são mais de dois mil quilômetros percorridos, tudo isso sem ninguém se machucar”, declarou o diretor de prova Wagner Souza.
A chegada dos primeiros carros à Praça Central de Balneário Camboriú, começou por volta das 16h deste sábado e movimentou toda a cidade. Cerca de cinco mil pessoas assistiram os jipes passando pela Avenida Beira Mar e se emocionaram junto com os competidores a cada carro que completava o percurso. Cerca de noventa por cento dos carros que participaram do campeonato estiveram na cerimônia, mesmo os rebocados.
Na festa de encerramento, os catarinenses foram os que mais comemoraram. Todos os campeões foram os anfitriões das equipes vinda de mais oito estados brasileiros. Na categoria Super Master, pai e filho Oscar e Gustavo Schmidt (naturais de São José) são os bi-campeões. Com 71 pontos, a dupla chegou a pensar que não conseguiria concluir o campeonato devido aos resultados ruins no início do rali devido a alguns contratempos. “Ser campeão do Transcatarina pela segunda vez é emoção em dobro, principalmente nessa prova, em que tivemos uma grande decepção com nossa colocação na primeira etapa. Perdemos um pneu, batemos o carro e realmente pensamos que estávamos fora da prova, mas continuamos lutando. Hoje foi um dia decisivo e este resultado foi muito gratificante”, comemora o piloto Oscar Schmidt. O navegador se sentiu emocionado e aliviado com o resultado: “Mesmo com os problemas fomos crescendo na competição. A partir da segunda etapa começamos a gostar da prova e continuamos firmes até chegar aqui”.
A partir do ano que vem, a Super Master receberá os campeões da Graduados. Osni Isidoro Casas e Rodrigo Juliano Borges, de Joinville, fizeram 72 pontos no rali e afirmam ter aprendido com os erros cometidos na última edição: “A velocidade da prova foi um grande desafio, as médias foram bem altas, mas conseguimos mantê-las. No ano passado, tivemos problemas com pneus e desta vez corrigimos o erro, o que ajudou bastante, além das melhorias que fizemos no carro”, afirmou o piloto Osni. Para o navegador Rodrigo, a diversão também faz parte da prova: “Sempre usamos a mesma fórmula: nos divertir, fazer o máximo que conseguirmos e ter sincronia. Já vínhamos competindo juntos e sempre exigimos muito um do outro. Com algumas correções e vontade de vencer, chegamos ao pódio”.
O topo do pódio na categoria Junior foi para Rio Negrinho, com a dupla Marcelo Prevideli e Carlos Laercio Knop, com 64 pontos. Piloto e navegador enfrentaram algumas dificuldades, mas conseguiram se recuperar. “No percurso passamos por alguns momentos difíceis. Perdemos um pneu no caminho, mas graças a Deus nossa equipe estava ao lado e atuou muito bem. Nos recuperamos para chegar ao primeiro lugar”, conta Marcelo. Carlos prometeu voltar no ano que vem: “Foi muito bom participar desta prova! Nos divertimos e ao mesmo tempo tivemos muitos desafios para vencer. No ano que vem com certeza estamos de volta, agora na Graduados”.
Entre os competidores da categoria Jeep, os que levaram o primeiro lugar, com 83 pontos foram a dupla de Jaraguá do Sul Cleber Schulz e Eduardo Felipe Finta, que sentiram que a missão foi cumprida: “Conseguimos alguns primeiros lugares durante as etapas e isto foi muito gratificante. Não consigo nem falar direito porque estou muito emocionado! Tivemos uma boa equipe de apoio, nosso jipe desmontou e o pessoal trabalhou à noite, consertou tudo e de manhã nós largamos de novo”, detalha Cleber. O navegador Eduardo também falou um pouco sobre as dificuldades pelas quais passaram: “Suamos hoje para chegar até aqui. A gasolina acabou no meio caminho, tivemos vários problemas, mas o importante foi que conseguimos. Também estou sem palavras e muito contente de verdade”.
As últimas palavras da organização do evento foram de satisfação, missão cumprida e ansiedade para o Transcatarina 2012: “Tudo transcorreu perfeitamente e não tivemos problemas. Entre os três anos de Transcatarina, posso definir o de 2011 como maravilhoso. Com a nossa equipe de organização tudo aconteceu normalmente, então posso afirmar que esta edição foi perfeita. São 365 dias trabalhando para o campeonato. Hoje já saímos daqui e começamos a divulgar fotos e resultados. Na próxima semana, vamos percorrer as propriedades por onde o campeonato passou para saber se não houve nenhum problema. A partir daí começamos com as novas parcerias com a imprensa e a ver as novas trilhas com os proprietários das terras. Esses três dias de Transcatarina resumem os outros 365 de nossas vidas: muito trabalho, muito esforço e uma equipe maravilhosa”, finalizou Edson Costa, diretor geral da SC Racing.
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