Estava eu a mesa, em movimentado restaurante, participando de evento comercial, onde reinava a mais completa harmonia até que um conhecido empresário curitibano, começou a ter ataques de fúria com o garçom que nos atendia. Desfilou uns cem números de palavras impublicáveis como se tivesse sido desrespeitado na sua mais valiosa honra. Devia ter lá apoiado suas razões em alguma falha da gastronomia da casa, falha que ninguém percebeu... O que me chamou a atenção contudo, foi a falta de humanidade, solidariedade, igualdade em tratar o próximo, no caso o garçom e um assistente. Meu avô Edgard era uma pessoa preciosa, ele adorava mexer no jardim e, para esse fim, vestia um conhecido macacão de brim azul. Quando vendedores e prestadores de serviços tocavam a campanhia, ele interrompia suas podas e plantações para atendê-los. É claro que o diálogo se dava de maneira especial, como se colegas se encontrassem, saiam pérolas dos diálogos: Veja se seu patrão paga 80 e eu já te vendo amigo aqui por 40... Homem postado em terno ordenava - quando seu patrão chegar entregue esse cartão imediatamente a ele! Ao que meu avô respondia: pois não, depois lia com cuidado os dizeres - compre agora com 30% de desconto o melhor filtro de água... Mas não era só vestido de jardineiro que ele assim se portava. Sempre ajia desse modo, em qualquer ocasião. Não distinguia o governador, do jornaleiro ou do sorveteiro. Cruzando o Paraná com o Transparaná, vi tantas "casas simples com cadeira na calçada, roseira e na soleira escrito em cima que é um lar". Lá da rua tive a certeza de que ali vivia gente feliz. oh! pobre empresário gritalhão, "é gente humilde que vontade de chorar....."
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terça-feira, 14 de fevereiro de 2012
Patético Imbecil
Estava eu a mesa, em movimentado restaurante, participando de evento comercial, onde reinava a mais completa harmonia até que um conhecido empresário curitibano, começou a ter ataques de fúria com o garçom que nos atendia. Desfilou uns cem números de palavras impublicáveis como se tivesse sido desrespeitado na sua mais valiosa honra. Devia ter lá apoiado suas razões em alguma falha da gastronomia da casa, falha que ninguém percebeu... O que me chamou a atenção contudo, foi a falta de humanidade, solidariedade, igualdade em tratar o próximo, no caso o garçom e um assistente. Meu avô Edgard era uma pessoa preciosa, ele adorava mexer no jardim e, para esse fim, vestia um conhecido macacão de brim azul. Quando vendedores e prestadores de serviços tocavam a campanhia, ele interrompia suas podas e plantações para atendê-los. É claro que o diálogo se dava de maneira especial, como se colegas se encontrassem, saiam pérolas dos diálogos: Veja se seu patrão paga 80 e eu já te vendo amigo aqui por 40... Homem postado em terno ordenava - quando seu patrão chegar entregue esse cartão imediatamente a ele! Ao que meu avô respondia: pois não, depois lia com cuidado os dizeres - compre agora com 30% de desconto o melhor filtro de água... Mas não era só vestido de jardineiro que ele assim se portava. Sempre ajia desse modo, em qualquer ocasião. Não distinguia o governador, do jornaleiro ou do sorveteiro. Cruzando o Paraná com o Transparaná, vi tantas "casas simples com cadeira na calçada, roseira e na soleira escrito em cima que é um lar". Lá da rua tive a certeza de que ali vivia gente feliz. oh! pobre empresário gritalhão, "é gente humilde que vontade de chorar....."
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