Vida da escritora francesa é apresentada nos palcos brasileiros
Um palco e duas atrizes. Assim está montado o espetáculo “O Inferno Sou Eu” que conta a história real da intelectual existencialista e escritora francesa Simone de Beauvoir, vivida por Marisa Orth . “Entre a fidelidade e a liberdade haverá uma conciliação possível? A que preço?” Esta célebre frase de Simone foi a inspiração para a roteirista e dramaturga Juliana Rosenthal K. escrever o texto dirigido por José Rubens Siqueira. A peça teatral será encenada em Curitiba dias 25 e 26 de setembro, no Teatro Fernanda Montenegro, no Shopping Novo Batel, com produção da A4U. O público irá assistir à passagem de Simone pelo Brasil, em 1960. Sua trajetória pelo Recife com seu marido Jean-Paul Sartre e seu encontro marcante com Dorinha, esta vivida pela atriz Paula Weinfeld, uma amiga também apaixonada pelos ideais literários da época. Apesar do peso da obra que conta seu suposto relacionamento amoroso com uma estudante, sensibilidade e humor não faltam no retrato da amizade transformadora de duas mulheres de realidades tão diferentes. Os ingressos já estão à venda a R$ 80. Meia entrada é válida para estudantes com carteirinha em dia e pessoas acima de 60 anos. A censura é de 12 anos. A primeira sessão, sábado (25) é às 21h e a segunda e última acontece no domingo (26) às 19h. Informações pelo telefone 41 3224 4986.
SOBRE SIMONE DE BEAUVOIR
Ela era a mais velha das duas únicas filhas do advogado e ator amador Georges Bertrand de Beauvoir. De batismo, carregava um complexo nome: Simone Lucie Ernestine Marie Bertrand de Beauvoir. Dedicada completamente aos livros e à aprendizagem, formou um curriculo invejável para a época. Formou-se com 21 anos em filosofia. “Investimento” de seu pai, que acreditava que somente o sucesso acadêmico poderia lhes manter na burguesia ou tirá-las da pobreza. Frustrado por não ter um filho varão, dizia que Simone pensava como um homem. Talvez por esse pensamento e pela sua postura, Simone tenha herdado do pai seu amor pelo teatro e pela literatura. De 43 a 81 escreveu 21 textos entre romances, peças de teatro, novelas e autobiografias. Todos são marcados pela sua própria vida e seu tempo. Em suma, sempre abordou liberdade e o papel das mulheres na sociedade. Em 1945, ela fundou o periódico combativo Les Temps Modernes, com seu companheiro de toda vida, Jean-Paul Sartre. Entre seus livros, destacam-se “O Sangue dos Outros”, “Uma morte muito suave” e a “Cerimônia do Adeus”. Sua história se encerrou aos 78 anos, em Paris, quando faleceu de pneumonia.
FRASES DE SIMONE DE BEAUVOIR
“A morte parece menos terrível quando se está cansado”
“Por vezes a palavra representa um modo mais acertado de se calar o silêncio”
“Se vivermos muito tempo, descobrimos que todas as vitórias, um dia, se transformam em derrotas”
“Todas as vitórias ocultam uma adbicação”
“Viver é envelhecer, nada mais”



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