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domingo, 19 de setembro de 2010

PAZ E LUZ PARA CURITIBA

Pedro Martins, português de origem humilde, foi aprisionado pelos Mouros e levado para o Norte da África.
Por volta de 1453, sobre a Fonte do Machado, em Carnide, no Algarve, cidade natal de Pedro Martins, começou aparecer uma luz misteriosa, que alarmado o povo de Lisboa e arredores iam em romaria para ver o fenômeno, começando o lugar a ser chamado de “A Luz”.
Pedro Martins na sua aflição de exilado em cativeiro, recorreu em preces àquela que é o socorro dos aflitos e a esperança dos desesperados. Foi ouvido suas preces pela Virgem Maria que lhe apareceu trinta noite seguidas em sonho, na última noite ela prometeu-lhe que ao acordar estaria em Carnide, mas que aí deveria procurar uma imagem escondida perto da Fonte do Machado, e que seria indicado pela estranha luz. A luz cintilava sobre a fonte e ia se deslocando até que parou, limparam o local, tiraram algumas pedra e encontram a efigie da Rainha do Céu. Grande foi a afluência do povo ao lugar e a Virgem Maria começou a ser invocada como Nossa Senhora da Luz.
Na segunda metade do Século XVII, dizem que membros da Bandeira de Antônio Domingues, que em 1648 se dirigia ao Sul do País se estabeleceram um pouco além do Rio Atuba, onde ergueram uma Capela à Senhora da Luz. Com o passar do tempo, os rudes penetradores do Sertão notaram que a Virgem tinha sempre os olhos voltados para os campos que eram dominados pelos ferozes Caigangues, ciosos de seus bosques de pinheiros e que denominavam de Curitiba (Pinheirais).
Tal foi a insistência da Virgem que aparecia todas as manhãs com os olhos voltados para o poente, que os sertanejos resolveram conquistar o sítio indicado pela Padroeira.
Com seus aprestos de guerra seguiram para a esplanada, prontos para o combate com os bárbaros Caigangues. Em vez da luta prevista como certa, o que ocorreu foi a acolhida generosa e cordial do chefe indígena para o chefe branco com apenas uma aceno acolhedor. Os arcos foram jogados no chão em sinal de paz, e a cuia de mate, símbolo de hospitalidade foi oferecida ao chefe índio, rodando depois pelos guerreiros brancos.

Foi em cima dessas lindas estórias de Nossa Senhora da Luz que junto ao Instituto Gaudium de Proteção à Vida, Ação Social do Paraná, Catedral Nossa Senhora da Luz, Igreja da Ordem, Prefeitura Municipal de Curitiba e os Vereadores Julieta Reis e João do Suco, que pensamos em resgatar a tradição, incentivando a revitalização do Centro Histórico e estimulando a cultura da paz.
Nos moldes das tradicionais festas paroquiais, com barracas de entidades sociais, comida típicas, shows e missas, é que evocamos a Luz que guiou os Portugueses na Fonte do Machado em busca de sua imagem escondida e que também provou a sua benção na fundação de nossa cidade, com o desarmamento tanto dos ferozes Caigangues, como dos bravos desbravadores, configurando assim um belo momento de luz, paz e confraternização de povos em busca de um objetivo maior que é o viver com qualidade.
A segunda edição da Festa da Luz ocorreu nos últimos dias 10, 11 e 12 de setembro, tendo em sua abertura show com Almir Sater, além várias apresentações de bandas, grupos folclóricos, corais, orquestras, artistas, musicais e a celebração de missa.
Assim esperamos que a Festa da Luz venha provocar a paz em Curitiba, tirando as pessoas do mundo de crime, de miséria e das drogas.

Vereadora Julieta Reis

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