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domingo, 25 de abril de 2010

Curitiba, um ovo?

No início dos anos 80, em férias no Rio de Janeiro, fui convidada para uma festa. O salão do apartamento, da família Duvivier, ocupava toda frente do edifício, em plena avenida Atlântica, no começinho do Leme. Ali ainda se viam pertences da casa de lazer da família, construída no século retrasado, nos areiais de Copacabana. Não se tinha o costume dos banhos de mar, por isso, os móveis de época, mais pareciam de uma casa de fazenda. A propriedade se estendia até a pedra do Arpoador. Uma parte da area, que era ocupada pelas estrebarias da propriedade, foi vendida a Octávio Guinle, para construção do majestoso hotel. Sentei-me com a única pessoa que conhecia, a qual tinha me chamado para festa, e fiquei escutando as conversas sobre lugares que eu não ia, lojas em que eu não comprava e pessoas que eu também não conhecia. No curso da conversa, convergendo coincidências, vieram com essa: "O Rio é mesmo um balneário, um ovo onde todos se cruzam e se conhecem". Fiquei pensando, como aquilo era possível, numa cidade daquelas dimensões, já naquela época. Hoje compreendo, porque quem sempre viveu na mesma cidade, com o passar dos anos, acaba sabendo mesmo da história de cada um, e se encontrando sim, no curso da vida. A confirmar esta máxima, para as próximas eleições dos clubes mais tradicionais da cidade o Clube Curitibano e o Graciosa Country Club, três candidatos: Joaquim Miró, Domingos Caporrino Neto e Nelson Luiz Velozo Filho, advogados formados pela mesma turma da Universidade Federal do Paraná, amigos de longa e longa data. É um ovo sim, não resta dúvidas.


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