Acordei triste, sem vontade, não havia sol nessa “Curicinza” friorenta, nem uma roupa escolhi. Perfume? Nem pensar, passei direto pelo armarinho. Dia de feijão com arroz, reunião, telefone, limpeza, obrigações chatas e, ainda por cima, estou eu aqui, há séculos, nesse engarrafamento...Estou ilhada, presa, acorrentada, tenho vontade de matar o prefeito. Rezo em silêncio, conto até dez, conscientizo... Abro meu tablet e dou de cara com a notícia do lançamento do livro da Eliana Zagui. Leio sem respirar sua história de vida no Hospital de Clínicas de São Paulo. Tanta coisa corre à minha mente. Cadê sua família, seus amigos e parentes? Que hospital é esse que há 34 anos te acolhe com tanto carinho, tão longe do SUS, das ONGS e da cachoeira de improbidades? Que amigo é esse que Deus lhe deu em companhia, um Teco pra chamar de seu? Eliana, hoje você se tornou grande, um gigante de aço que saltou dessa cama que te acolhe há 34 anos, moveu todos os músculos abaixo do pescoço, correu em velocidade da luz e com a força do movimento arrombou meu coração, dilacerou-o completamente...Você chegou voando como um bálsamo e me fez feliz aqui na fumaça, no frio e no confinamento. Você se libertou pela arte, pela língua e pela internet. Voadora pela pátria, heroína de verdade, com jurisdição em todo território nacional. Lançou uma flecha digital em meu coração carrancudo e abriu-me uma janela de sol. Super Heróis de verdade podem tudo. Voam pelo universo, atravessam o país de norte a sul, passando pelo meu carro aqui em Curitiba, chegam ao Cosmos. Acordam em Londres, dormem no Festival de Parati. Encontramo-nos em Baltimore ? Meu coração está com você. Menina de aço, ensina-me a viver, viva.
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terça-feira, 10 de abril de 2012
Eliana Zagui – A menina de aço
Acordei triste, sem vontade, não havia sol nessa “Curicinza” friorenta, nem uma roupa escolhi. Perfume? Nem pensar, passei direto pelo armarinho. Dia de feijão com arroz, reunião, telefone, limpeza, obrigações chatas e, ainda por cima, estou eu aqui, há séculos, nesse engarrafamento...Estou ilhada, presa, acorrentada, tenho vontade de matar o prefeito. Rezo em silêncio, conto até dez, conscientizo... Abro meu tablet e dou de cara com a notícia do lançamento do livro da Eliana Zagui. Leio sem respirar sua história de vida no Hospital de Clínicas de São Paulo. Tanta coisa corre à minha mente. Cadê sua família, seus amigos e parentes? Que hospital é esse que há 34 anos te acolhe com tanto carinho, tão longe do SUS, das ONGS e da cachoeira de improbidades? Que amigo é esse que Deus lhe deu em companhia, um Teco pra chamar de seu? Eliana, hoje você se tornou grande, um gigante de aço que saltou dessa cama que te acolhe há 34 anos, moveu todos os músculos abaixo do pescoço, correu em velocidade da luz e com a força do movimento arrombou meu coração, dilacerou-o completamente...Você chegou voando como um bálsamo e me fez feliz aqui na fumaça, no frio e no confinamento. Você se libertou pela arte, pela língua e pela internet. Voadora pela pátria, heroína de verdade, com jurisdição em todo território nacional. Lançou uma flecha digital em meu coração carrancudo e abriu-me uma janela de sol. Super Heróis de verdade podem tudo. Voam pelo universo, atravessam o país de norte a sul, passando pelo meu carro aqui em Curitiba, chegam ao Cosmos. Acordam em Londres, dormem no Festival de Parati. Encontramo-nos em Baltimore ? Meu coração está com você. Menina de aço, ensina-me a viver, viva.
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