O concerto de lançamento será apresentado em Curitiba, dentro da programação da 30ª Oficina de Música e, em seguida, na Alemanha, no evento "Tage für Neue Musik”
No dia 18 de janeiro, quarta-feira, as pianistas paranaenses Lilian Nakahodo e Grace Torres fazem um concerto de lançamento do CD gravado com as Sonatas e Interlúdios para Piano Preparado de John Cage, às 19 horas, na Capela Santa Maria, dentro da programação da 30ª Oficina de Música de Curitiba. Em fevereiro, elas embarcam para Alemanha para lançar o CD em Darmstadt, no evento tradicional de música erudita contemporânea mundial, "Tage für Neue Musik - Darmstadt 2012”. Durante os eventos, John Cage será homenageado em comemoração ao seu centenário, pela célebre atuação como compositor, pensador e artista performático norte–americano nas revoluções e invenções estéticas do século XX.
O projeto “John Cage: Sonatas e Interlúdios para Piano Preparado” contou com subsídio cultural da Lei Municipal de Incentivo à Cultura e resultou em um belo álbum, gravado em fevereiro de 2011, no Teatro HSBC, com direção musical de Vera Di Domênico. A obra foi o projeto pioneiro gravado no Brasil e o primeiro registro ao vivo de que se tem notícia na América do Sul.
O concerto tem duração de aproximadamente 70 minutos – tempo de execução indicado pelo compositor – com o ciclo completo de 20 peças, sendo 16 Sonatas e 4 Interlúdios. Com o piano de cauda cuidadosamente preparado, com a inclusão calculada de parafusos, porcas, pedaços de plástico e borracha, conforme orientações de Cage, revelam um som gracioso, sensível e incomum que o transformam em uma orquestra especial de percussão.
Com as Sonatas e Interlúdios para Piano Preparado (1946-1948) o compositor contribuiu de forma decisiva para o desenvolvimento estético da música no século XX. A sonoridade desta obra de Cage é inspirada em orquestras de Gamelão (Indonésia) e na filosofia hindu que identifica nove estados emocionais (rasas) que são experimentados por qualquer ser humano: o Erótico; o Cômico; o Patético; o Furioso; o Heróico; o Terrível; o Abominável; o Maravilhoso e, finalmente, a Tranqüilidade, pré-requisito para que o espectador desfrute o estético.
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