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quarta-feira, 20 de abril de 2011

Demência vascular em debate no Curso de Atualização em Neurologia do Hospital das Nações

Atrás apenas do Mal de Alzheimer, doença é o segundo tipo mais frequente de demência e pode ser evitada com medidas preventivas
Déficit de memória, dificuldade ao realizar tarefas simples do dia a dia e desorientação no tempo e no espaço. Além de mudanças no comportamento e do comprometimento da linguagem, estes são alguns dos principais sintomas que caracterizam a demência. Embora o tipo mais conhecido da doença o Mal de Alzheimer, a demência vascular recebe atenção da comunidade médica atualmente não apenas por se tratar do segundo tipo mais recorrente, mas também pela possibilidade de prevenção.
Definida como uma síndrome – que pode também ser um sintoma de outras doenças –, a demência vascular pode coexistir com outros males neurológicos como próprio Alzheimer e é normalmente o resultado de múltiplos infartos cerebrais de menor proporção. Segundo a neurologista do Hospital das Nações Georgette Mouchaileh, a forma mais comum da demência vascular é decorrente da chamada “doença de pequenos vasos” ou microangiopatia. “Embora seja de difícil identificação, os sintomas podem ser reconhecidos em evidência de doença cerebrovascular no exame de imagem. Os sintomas da demência devem ter iniciado até três meses depois de reconhecido o AVC ou então existem riscos de uma deterioração abrupta no sistema nervoso do paciente”, explica.
Diferente do Alzheimer, que apresenta evolução lenta e normalmente constante quando não tratada, a demência vascular possui o que é conhecido pelos médicos como “curso flutuante”, com rápidas alterações na evolução, e com incidência mais precoce. De acordo com a médica, o principal fator da doença na modalidade vascular é que ela pode ser prevenida e tratada para minimização dos sintomas. “Tratar demência vascular é tratar as possíveis causas de doença cerebro-vascular, como hipertensão, dislipidemia e hiperglicemia (diabete mellitus). Uma dieta adequada com pouca gordura e rica em folatos – vitamina B6 e vitamina B12 – mostra benefícios notáveis”, esclarece a médica.

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