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terça-feira, 23 de abril de 2013

No mundo de Shakespeare

Na última semana do Guritiba, a companhia Vagalum Tum Tum apresenta três espetáculos baseados na obra do dramaturgo inglês


O Guritiba 2013 entra em sua última semana na companhia da Vagalum Tum Tum, que traz ao Park Cultural três espetáculos premiados, feitos especialmente para mergulhar as crianças no universo do dramaturgo William Shakespeare. No mundo da Vagalum, Rei Lear vira ‘O Bobo do Rei’; Otelo é ‘Othelito’ e “Hamlet” se transforma em ‘O Príncipe da Dinamarca’, peças infanto-juvenis que fazem parte da Semana Shakespeare do Guritiba 2013, que acontece de quinta a sexta, às 19h45 e sábado e domingo às 16h.
A primeira história a ser contada é a de “Hamlet”, um dos maiores clássicos de Shakespeare que na versão da Vagalum se transforma em “O Príncipe da Dinamarca”. O espetáculo recebeu o Premio da Cooperativa Paulista de Teatro de Melhor trabalho para o público Infanto-juvenil de 2011 e PREMIO FEMSA de Teatro Infantil 2011 de Melhor Texto Adaptado e Melhor Ator Coadjuvante para Davi Taiu. Para o diretor e adaptador Angelo Brandini, que é dos Doutores da Alegria desde 1994 e atualmente coordena o núcleo artístico da organização, a maior dificuldade para adaptar estes textos densos para o universo infantil “é a mesma para qualquer adaptação dos textos clássicos e principalmente os de Shakespeare: manter a essência do original e ao mesmo tempo torná-la interessante às crianças e jovens”.
Para dar conta desse desafio, ele se valeu de um recurso inusitado. ”O Príncipe da Dinamarca” tem início em um cemitério abandonado, onde dois divertidos coveiros desenterram antigos personagens de Hamlet, que agora se transformaram em engraçadas caveirinhas. A partir daí eles decidem reviver a historia do príncipe Hamlet cujo pai, o rei da Dinamarca, havia morrido de forma misteriosa, deixando o trono nas mãos do ambicioso Claudio.
Sobre a presença da morte em uma adaptação infantil, Brandini enfatiza que “mesmo nas montagens para crianças, não devemos negar a morte, pelo contrário, devemos escancará-la até ao ponto em que passe a ser o que há de normal dentro daquele contexto. No caso de Hamlet, a saída foi começar a história pelo que viria depois do final no original, ou seja, todos já estão mortos e enterrados e a história é revivida pelas caveirinhas dos personagens, que cantam, dançam, representam e são figuras bastante divertidas.” Como em todas as montagens de Brandini, “O Príncipe da Dinamarca” é ancorada na linguagem do palhaço. A peça tem apresentações na quinta, às 19h45 e no domingo, às 16h

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