Buscando explorar as contradições de um olhar objetivo e subjetivo pela cidade, os arquitetos desenvolveram o Ateliê da Fotógrafa, com 15m² que fazem um misto de estúdio da profissional e caixa de memórias. Desta forma, fotografias e trabalhos manuais são valorizados nesse ambiente que prima pela personalidade.
Inspirados na personagem que dá nome ao espaço, buscou-se traduzir contemporaneidade e feminilidade de uma forma neutra, sem marcas de estilo individual ou de uma faixa etária específica, mas que indicasse uma sensibilidade ao trabalho artesanal e à memória. Aliás, o resgate da memória está materializado em fotos e objetos colocados em uma parede e em um nicho imantados que demonstram a experiência de vivenciar a cidade. O quadro ganhou o nome de “memorabilia”, que significa coisas dignas de serem lembradas e que trazem lembranças importantes e prazerosas.
A estrutura do espaço foi determinante para o que seria feito e desenvolvido no ateliê. O pé direito reduzido e a ausência de abertura para o exterior apresentaram-se como grandes desafios para os arquitetos, que encontraram a solução dando valor àquilo que o ambiente poderia oferecer. Para diminuir o efeito de enclausuramento, o ateliê ganhou um jardim vertical com iluminação indireta para reverter as limitações e torná-lo mais agradável e interessante. O sofá, com dimensões longitudinais, ajudou a expandir o local e foi revestido de crochê, feitos artesanalmente pelo Grupo Oficina de Maria da Paróquia Santíssimo Sacramento.
A criatividade continua com a utilização de alta tecnologia em um espaço totalmente acessível, já que o som e a luz podem ser controlados via IPhone ou IPad, por um sistema fornecido pela Autoprojects.
Após participarem de todas as edições da Morar Mais, os veteranos Daniella Fanaya e Rubens Portella surpreendem mais uma vez e destacam-se com esse ambiente inusitado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário