Seguidores

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Tribuna Livre aborda problemas do IML

A vice-presidente da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) Paraná, Isabel Kugler Mendes, foi a participante desta semana da Tribuna Livre da Câmara de Curitiba. A convite do vereador Paulo Frote (PSDB), a advogada falou sobre as condições de trabalho e higiene do Instituto Médico Legal (IML) observadas em recente vistoria. Isabel estava acompanhada pelas advogadas Priscila Bianca Ribeiro e Elisabete de Oliveira e agradeceu em nome do presidente da comissão, Juliano Breda.

Na tribuna, ela explicou aos vereadores que o IML vem apresentando péssimas condições, tanto de trabalho para funcionários, quanto de deficiência na prestação dos serviços ao público. A grave situação do instituto, que motivou a Comissão dos Direitos Humanos a pedir uma vistoria da Vigilância Sanitária, foi constada antes da visita ao Legislativo e mostrada aos vereadores, para que tomassem conhecimento da precariedade das instalações, do serviço e do sistema de trabalho imposto.
Junto com o relatório da visita realizada em 17 de março, Isabel Mendes mostrou vídeo das dependências do instituto, comentando que a comissão da OAB esteve em contato com o diretor do IML, Porcídio de Castro Vilani, solicitando um posicionamento sobre as seguintes irregularidades: vilipêndio de cadáveres, câmaras frigorificas com número excedente de corpos, insalubridade e péssimas condições físicas do local, ausência de proteção na sala de radiologia, equipamentos sucateados, ultrapassados ou danificados, chorume eliminado diretamente pela rede de esgoto comum, perda e troca de cadáveres.
No vídeo exibido foram mostrados os setores toxicológico, de radiologia, biológico, necropsia, câmaras frias e congeladores, todos em precárias condições, com cenas chocantes sobre a "armazenagem de corpos, que ficam empilhados nas câmaras frigorificas", descreveu Isabel Mendes. Quanto ao corpo funcional, no relato da comissão, consta que são apenas 73 médicos legistas, quando o ideal, segundo a advogada, "seria 160 para dar conta do volume de trabalho". Trabalham 16 toxicologistas, dez químicos legais e nove patologistas. O número de servidores está "aquém do que determina o Conselho Nacional de Saúde", informou.

Nenhum comentário:

Postar um comentário