Elas surgiram no Brasil no final dos anos 50 e, antes disso, sua existência por aqui estava adstrita ao privilégio de prostitutas que se relacionavam com marinheiros freqüentadores de boates, bares e similares, nos arredores dos portos brasileiros.
A sua existência remonta os anos 4.000 a.c. quando múmias egípcias foram encontradas com estas marcas nas beiras do rio Nilo.
Há registros que os homens das cavernas já marcavam os corpos para registrar provações de maturidade, de coragem, de vigor, enfim, das conquistas emocionais daquele homem primitivo.
Nativos da Polinésia, Filipinas, Indonésia e Nova Zelândia realizavam rituais religiosos que incluíam a confecção de figuras colorizadas definitivas sob a pele.
Pela leitura dos lugares em que se originou, entre os nativos, já encontramos a primeira referência de sua inspiração modernista, naturalista e espiritualista.
Salve o representante da classe média brasileira que não deseje passar a lua de mel ou casar-se na Polinésia, jogar golf nas Filipinas, surfar na Indonésia, ou alçar vôo na Nova Zelândia?
Somadas a estas referências surge o herói Capitão James Cook, descobridor do surf, inventor da palavra “tattoo”, pela observação do som ecoado na execução das tattoos utilizando ossos finos e martelinhos para introdução de tinta sob a pele.
A participação do Capitão Cook, é outra pista referencial importante, seu nome é adotado por uma das mais badaladas grifes de roupas descoladas, com origem Argentina.
Pois bem, quando eu era menina, me impressionava a definitividade das tatuagens. Ficar, para sempre com aquela figura impressa na pele, parecia uma insensatez.
Pensava eu inocente, como será envelhecer, com a pele já enrugada exibindo uma gaivota, o sol a lua ou um dragão... (no início estes eram os temas preferidos).
Lembram da música “Menino do Rio, calor que provoca arrepio, dragão tatuado no braço....” pois é, a tatuagem representava um rompimento definitivo com as rotinas estabelecidas e sinalizava um casamento com a natureza, com a falta de compromisso, uma espécie de anarquia que tinha sempre o céu azul e o mar verde como testemunha.
A tatuagem sempre representou um rompimento para o pré-estabelecido, para o deve ser assim...
Como poderia compreender a mãe, ao constatar que a tatuagem de sua filha iria ficar à mostra diante do primeiro vestido de festa que ela houvesse de usar?
Como imaginar um senhor septuagenário com os braços e pernas já finos pelo decurso do tempo ostentando um dragão tatuado no braço?
Acontece que as previsões não se concretizaram, e tudo que se imaginou a partir dos anos 60 não aconteceu.
Aqueles que cederam a vontade de se tatuar a 20 ou 30 anos atrás, não se tornaram uns estranhos seres atemporais e antiquados, ao contrário, ficaram super sintonizados aos tempos que se seguiram.
Hoje é difícil encontrar um jovem na praia, que não tenha uma tatuagem.
Avalio esta aceitação, como uma relação mais disponível que os jovens tem de seus corpos.
É verdade, parece que eles tem uma visão, digamos, descartável e que seus corpos são temporária e materialmente úteis, por um tempo.
Os jovens não tem qualquer falsa ilusão inocente de eternidade que nutrimos inconscientemente na juventude, como se, nem ela mesmo, a juventude, fosse acabar um dia.
Avalio que quanto maior é a tatuagem, mais ela textualiza, em letras garrafais, não seja bobo, a vida é breve e eu sei disso.
Fico pensando nos pobres coitados que perdem tempo a criticar ou ignorar os sinais: tribais, africanos, naturais, nominais, enfim o que seja, que perda de tempo...É mais ou menos como água, com a subida iminente da maré, prestes a invadir o poço das crianças a beira mar...
A onda quando chega é retumbante, invade o local, enche os poços e além de tudo, derruba os castelos, limpa e ajeita a praia para o dia seguinte, para outros meninos iniciarem a construção do forte.
Muy interesante tu blog, lástima que muchas cosas no las podamos entender por el idioma, pasaremos por aquí más a menudo, un saludo, y pasa a visitarnos cuando quieras.
ResponderExcluirwww.fotosparadisfrutar.blogspot.com
J'ai connu un polynésien entièrement tatoué sur le visage. J'avoue avoir eu un peu de mal à le regarder dans les premiers temps, puis je me suis habitué, ne voyant plus en lui qu'un ami.
ResponderExcluirIl faut dire que si dans son pays, cela ne lui posait pas de problème, il n'en était pas de même en France. Cependant, je respecte la liberté de chacun,à se faire tatouer ou non.
Roger