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sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Comer, Rezar, Amar‏

Definitivamente, Ro­­ma é a “mi­­nha cidade”. Afinal, todo mun­­do que viaja sempre escolhe a sua preferida. Mo­­numental, dinâmica, um verdadeiro museu a céu aberto, a capital italiana exala história, sabores e mexe com a emoção.
Fui à terra dos césares com a intenção de criar a versão masculina de Comer, Rezar, Amar (o badalado livro que virou filme). Mas com uma diferença: fazer tudo por lá, diferente da escritora, que teve de ir ainda para a Índia e a Indonésia para completar a sua “missão” e finalizar a obra...

Cheguei a Roma de madrugada e a primeira surpresa foi ver feixes de luzes amarelados que iluminam o imponente e impressionante Coliseu. Após aquela recepção única, outra boa surpresa. O hotel que selecionei pela internet era simples, mas ficava no coração da capital italiana, na Piazza di Spagna, aos pés da Scalinata – um lugar badalado e sempre cheio de visitantes, junto à Via Condotti (rua que abriga lojas de grife, como Prada e Louis Vuitton).
Depois de um cappuccino com fritatta (omelete), parti a pé, com um mapa nas mãos, rumo às principais atrações romanas – em meio a uma verdadeira orgia gastronômica pelas tratorias, gelaterias e restaurantes. Comecei pela Fontana di Trevi, de onde segui para o Pantheon e a Piazza Venezia. Entre um ponto e outro, dava uma paradinha para provar uma crostata ou um panini.
Em uma nova jornada, fui conhecer o Fórum Romano e o Coliseu – agora de dia e por dentro, parando em cada uma das 80 entradas arqueadas pa­­ra imaginar como teriam sido as terríveis cenas dos encontros mortais entre leões e gladiadores. Pausa e dá-lhe bruschetta, tagliatelle al pesto, agnello al finocchio e tiramisu. É claro que depois de exagerar tantas vezes à mesa, eu já estava apto a completar o primeiro capítulo do meu livro: “Comer”.
De metrô, cheguei à Cidade do Vaticano e visitei a Basílica de São Pe­­dro. Depois, fiquei horas em estado de graça contemplando a obra de Michelangelo na Capela Sistina. Ali escrevi o meu segundo capítulo: “Rezar”.

As noites de verão em Roma são divinas e inspiradoras. Acontecia um festival cultural por lá, com barracas espalhadas por vários quarteirões e uma diversidade de livros, quadros, artesanato, músicos e artistas representando ao ar livre, além de comes e bebes em ambientes orientais criados com tendas e tapetes, com direito a narguilé em plena região papal.
Bem, a essa altura você deve estar imaginando que foi aí que eu reuni o material para escrever o capítulo final do meu livro: “Amar”. Acertou. Só que não vou entrar em detalhes para não me gabar e nem queimar o filme por aqui. Basta dizer que fiquei tão empolgado e apaixonado que até fiz o improvável: voltei à Fontana di Trevi e atirei mais umas moedinhas. Agora é esperar pra ver se o final dessa história vai combinar com o de Julia Roberts e Javier Bardem. Arrivederci, Roma!
Thiago Oliveira, 25 anos, advogado
(Transcrito do Caderno Turismo do jornal Gazeta do Povo ed. 21/10)

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