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segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Moda angolana encontra o gingado da música brasileira

Estilista Soraya da Piedade cria peças exclusivas para a cantora curitibana Janine Mathias

Vestidos nascem nas batucadas da música. Uma parceria entre a estilista angolana Soraya da Piedade e a cantora curitibana Janine Mathias uniu os ritmos dos dois países de língua românica para produção de peças exclusivas.
“A vida é a arte dos encontros e nesse momento sou todas essas cores e detalhes que o trabalho da Soraya da Piedade retrata tão bem”, diz Janine, que encontrou Soraya durante pesquisas de inspiração para um ensaio fotográfico. Conta que gostou da modelagem e temática alegres da criadora angolana. A cantora, que se embala no samba, identificou-se com o ritmo da Angola.
“A parceria surgiu logo após Janine entrar em contato comigo solicitando que eu criasse looks no estilo afrochik para as suas apresentações, o que me deixou muito feliz”, conta Soraya. O ponto inicial foi o uso de tecidos africanos legítimos, o Pano do Congo. Além do desenvolvimento sob essa estamparia genuína, o biotipo da cantora foi levado em consideração.
O cuidado com os detalhes na moda de Soraya entra no ritmo da música de Janine: “Na roupa da Soraya não se veem emendas, não se veem enganos. É tudo feito com capricho. Minha música também é algo feito com os detalhes do meu dia a dia, enriquecidos com esse corte e costura que o destino detalha, assim retrato meu mundo.”
As cores vão se definindo conforme o espírito festivo da cantora: “O colorido do tecido étnico combinou de forma perfeita. Foram escolhidas duas silhuetas: uma mais ladylike de saia longa e cintura marcada, e a outra numa versão de conjunto de vestido e over jacket”, explica a estilista.
Com as roupas, veio uma relação de cumplicidade, que vai além dos tecido: “Moda e música são arte e elas se correlacionam de forma muito profunda, ambas vivem de inspiração, criatividade e muito trabalho!”, avalia Soraya. Janine analisa de forma mais lúdica, conectando linguagem e forma: “O que se vê é o que se sente e o que se sente é o que vivemos. Olhar e sentimento, cor e modelo, forma e formas de encarar o mundo. Você pode falar para milhões, sendo detalhista para um”.
Na fotografia de Niceli Silva fica o registro desse movimento Angola-Brasil. “O que vocês estão vendo é o costurar do destino sobre essa canção maior chamada vida, cada uma com seu dom e história a eternizar o mundo”, finaliza Janine.

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