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quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Quando o oposto de vida é inércia e não morte


Como a psicologia auxilia idosos a continuarem ativos e com boa qualidade de vida


O Brasil e o mundo precisam estar preparados para cuidar bem de seus idosos, - afinal, nos últimos 50 anos, o número de pessoas com idade acima de 65 anos, especialmente nos países desenvolvidos, tem aumentado consideravelmente. E o Brasil está incluso nesse processo.
Em 1980, nosso país ocupava o 10° lugar com base em sua população acima de 60 anos, mas em 2025 os idosos passarão a representar 14% da população brasileira, levando o Brasil para o 6º lugar na esfera mundial, com cerca de 31 milhões de idosos. Mas esse não precisa – e nem deve - ser um problema.
Com a expectativa de vida cada vez maior, aqueles que fazem parte da terceira idade podem hoje, mais do que nunca, fazer bom uso da sua experiência a seu favor. “Hoje já existem muito mais programas voltados ao bem estar do idoso. Desde a prática de esportes até viagens turísticas, encontros, bailes, etc., e isso é extremamente importante para que o idoso continue ativo e sentindo-se pertencente à um grupo”, exalta João Alexandre Borba, psicólogo e coach.
Depois de trabalhar cerca de três anos com um grupo de idosos, o profissional percebeu quais eram os principais problemas enfrentados por eles - e destacou o que lhe pareceu ser o principal: o fato de ficarem sem ter o que fazer depois da aposentadoria. “Para fazer essa sensação diminuir, fazíamos trabalhos terapêuticos, incentivávamos o relacionamento entre eles e conversávamos muito, inclusive sobre a sexualidade, um grande tabu para a terceira idade”, lembra Borba, que ressalta que independente da idade, a sexualidade existe e deve ser mantida, mesmo que seja de formas diferentes para cada idade.
O convívio com os amigos é muito importante para qualquer idade, e é comum que, com o passar do tempo, a pessoa se sinta mais sozinha. “Você envelhece e perde pessoas próximas, com isso, é comum sentir aquela sensação de tristeza e solidão, mas é preciso lutar contra isso e continuar vivendo”, destaca Borba.
O idoso, assim como qualquer outra pessoa, deve procurar viver também para si mesmo, e não somente pelos outros. É preciso encontrar na sua própria vida razões para ser feliz e aproveitar os momentos. “Via que o meu papel como profissional era, além de ouvir as deliciosas histórias dessas pessoas cheias de experiência, ajudá-las a focar – e encontrar - suas novas metas de vida de forma concreta. Deparei-me com muitos objetivos relativamente simples, mas que eles sozinhos nem sempre conseguiam realizar ou enxergar – e isso não é característica exclusiva dos idosos”, comenta Borba, que faz uso da psicologia juntamente com o coaching para auxiliar seus clientes.
Durante esse tempo, o especialista percebeu que o oposto da vida não é a morte, é a inércia. “Morrer é simples, difícil mesmo é mandar embora a inércia e viver. E, para aqueles que me perguntam o oposto de morte, digo que esse é o nascimento, afinal, quando você morre, você nasce para outra fase,” conclui o especialista.

Serviço: João Alexandre Borba
Master Coach Trainer e Psicólogo

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