Após tocar algumas músicas inéditas em suas mais recentes apresentações, o grupo curitibano Molungo lança oficialmente o seu novo álbum, "Mais Agreste" com um show no Teatro Sesc da Esquina. A apresentação será no dia 17 de julho, quinta-feira, às 20h.
No palco, o sexteto contará com músicos convidados e instrumentos utlizados especialmente para a ocasião, como rabeca, viola e três sopros. Cenário e iluminação também ganharam atenção especial para que o novo som encontre a paisagem correta no palco do teatro.
Se no primeiro trabalho, lançado em 2009, o grupo apresentava o resultado de grande pesquisa das sonoridades regionais brasileiras, "Mais Agreste" aponta ainda novos caminhos para essa proposta. "O novo álbum tem toques de candomblé, tem o boi de matraca, tem uma canção que mescla células de baião com tamancadas de fandango, tem referências ao funk, ao maracatu de baque virado, ao rap, ao afrobeat, além de algumas composições que transitam por universos distintos, quase sempre galgados por uma gama rica de percussões", resume Caio Guimarães.
O intervalo de cinco anos entre os dois lançamentos foi marcado por algumas mudanças, inclusive de formação. "Acredito que além do inevitável amadurecimento, mudou muita coisa em relação a como pensamos a música, o porquê delas, a concepção do disco e dos nossos shows como um todo. Nós temos um processo hiper democrático desde a escolha das músicas, até a finalização dos arranjos, o que por vezes demora um pouco, mas por outro lado, chegamos a um resultado que nenhum de nós conseguiria chegar sozinho", explica o baixista Gui Handa.
A entrada do novo integrante, Fernando Lobo, também trouxe um novo elemento às apresentações do grupo: a bateria, que agora acompanha a percussão. A guitarra é outra novidade no disco. As batidas mais marcadas e o som mais ‘pesado’ mostram alguns dos novos rumos do trabalho dos molungos.
A forte ligação com a música e os ritmos nordestinos -- como o coco, o ijexá e o maracatu -- e a beleza do agreste inspiraram a composição do disco. "O agreste que é árido, mas que vê brotar lindas, singelas flores no meio da caatinga, que é seco, mas que também é zona da mata, composto de brejos e de clima úmido, que é na sua essência a diversidade, assim como o Brasil", conta Carlito Birolli.
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