Serão aproximadamente 700 pessoas envolvidas no projeto. Além dos cerca de 50 jovens carentes inscritos no programa, residentes no bairro Jardim Monza, haverá a participação de professores, pais de alunos e funcionários do colégio Helena Kolody, além de expectores da comunidade que assistirão aos dois espetáculos apresentados pelos alunos no final do projeto, em encenações bem próximas de uma montagem profissional. Sob a coordenação do professor, ator e diretor teatral Gilmar Rodrigues de Lima, o projeto terá duração de seis meses. Serão duas aulas semanais, com exercícios de harmonização, de expressão corporal, de expressão vocal, de improvisação e de interpretação. O curso também compreende oficinas de maquiagem, figurino, cenário e ensaios, além de visita técnica a teatros.
Para o coordenador do projeto, que é formado em Artes Cênicas pela Faculdade de Artes do Paraná, o teatro é uma área onde se pode operar o aprofundamento da percepção, criando novas maneiras de observar a vida que podem mais tarde ajudar na transformação humana. “A inclusão cultural vai trazer enriquecimento intelectual aos alunos, mas, principalmente, vai ensiná-los uma nova profissão, através da qual podem conquistar a sua cidadania”, afirma Gilmar Rodrigues de Lima.
Além de contribuir com a educação formal e informal de jovens carentes, o projeto pretende ultrapassar barreiras. “Nossa meta com esse projeto também é encontrar jovens artistas que se interessem na formação de um grupo de teatro permanente, a fim de que mais jovens conheçam essa arte como forma de expressão, o que vai contribuir para o crescimento da escola na comunidade, melhorar a qualidade e o rendimento escolar e diminuir, consequentemente, a evasão escolar”, opina o diretor do Helena Kolody, Laércio José Daros.
O vice-diretor do colégio reforça os benefícios que o projeto trará para o crescimento educacional e humano dos alunos. “As práticas teatrais desenvolvem uma concentração intensiva e fortalecem o poder e exatidão da memória. Além disso, abrirá a mente deles para uma melhor compreensão dos problemas onde vivem, levando-os a buscarem de forma harmônica uma convivência social mais respeitosa, uma vez que o projeto apresenta discussões sobre questões éticas, como justiça e solidariedade”, explica Joel Cardoso de Lima.
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