Mastigar bem os alimentos aumenta a saciedade, melhora a digestão e ajuda a reduzir a vontade de comer compulsivamente.
Passar horas na academia, fazer cirurgias plásticas, dietas loucas e até tomar remédio para perder peso. No vale-tudo pela beleza – e por um corpo perfeito ditado por estereótipos quase impossíveis de serem atingidos pela maioria das pessoas -, princípios simples e fundamentais para comer menos e melhorar a digestão são esquecidos. Não basta se preocupar com o que deve ser consumido, mas a forma como os alimentos são ingeridos também deve ser levada em conta.
Segundo Gerson Köhler, ortodontista e ortopedista-facial da Köhler Ortofacial, a mastigação é o início de todo o processo digestivo, em especial das fontes de amido. A saliva gerada pela mastigação possui várias enzimas digestivas, entre elas a ptialina, que tem ação sobre os cereais e as massas em geral, como pães e biscoitos. “A atuação da saliva junto aos alimentos facilita a digestão, já que eles chegam pré-digeridos ao estômago. O bom funcionamento intestinal é um dos pilares do emagrecimento saudável”, ressalta.
O ortodontista explica que o processo digestivo também influencia na absorção dos nutrientes dos alimentos. Quanto melhor a digestão for, maior será a assimilação dos carboidratos, vitaminas, proteínas, fibras e sais minerais. “Por sua vez, quanto mais o organismo assimilar estes nutrientes, maior será a saciedade, reduzindo a vontade de comer compulsivamente, auxiliando no emagrecimento e contribuindo para a saúde”, esclarece.
Köhler destaca que a mastigação adequada e prolongada também auxilia a estimular a produção de enzimas e movimentos mais intensos no tubo digestivo. “O ideal é que os alimentos sejam mastigados por no mínimo 30 vezes, dependendo se são sólidos, pastosos ou líquidos. Quanto mais ineficiente o processo de mastigação for, ou seja, quanto menor for o número de mastigações, mais preguiçoso o intestino será, sem força para trabalhar e produzir a quantidade necessária de estímulos gástricos essenciais para a digestão”, observa.
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