A população mundial deve crescer 53% até 2100, quando pode atingir 11,2 bilhões de habitantes, segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU). Atualmente, a população é de 7,3 bilhões de habitantes e deve alcançar a marca 8,5 bilhões até 2030. Apesar de todas as cidades do mundo ocuparem somente 2% do espaço da Terra, juntas consomem entre 60 e 80% da energia e provocam 75% da emissão de carbono. Com esse cenário alarmante, é crescente a preocupação por ambientes sustentáveis que favoreçam a qualidade de vida. O conceito de “smart cities” ou cidades inovadoras surgiu para promover projetos inovadores em áreas como tecnologia, governança, sustentabilidade, mobilidade urbana e economia criativa.
Com a demanda em alta, a Universidade Positivo inicia em abril as primeiras turmas da pós-graduação Cidades Inteligentes e Inovadoras - Smart Cities, com 420 horas de duração e foco em duas linhas de pesquisa: arquitetura e urbanismo e empreendedorismo. Para o coordenador do curso, André Telles, uma cidade inteligente está em processo de constante transformação. Autor do primeiro livro sobre Mídias Sociais no Brasil, em 2005, Telles ressalta relação entre os dois temas. “As pessoas têm percebido como um excelente mercado para atuar, assim como ocorreu com as redes sociais, quando houve uma explosão de empresas interessadas em produzir conteúdo. Em Smart Cities já existe a percepção de um mercado muito amplo, seja em arquitetura e urbanismo ou relacionado ao empreendedorismo e gestão pública”, diz.
No início, as duas turmas terão aulas em conjunto sobre os conceitos que regem o tema, como a história das cidades, planos diretores inteligentes e questões sobre empreendedorismo de alto impacto e startups. “As pessoas acham que startups e o empreendedorismo precisam estar ligados às tecnologias pesadas, mas não é verdade. Ações que melhorem a qualidade de vida, como a ciclomobilidade ou a locação de carros e bicicletas também são importantes”, explica Telles.
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