A transformação da sociedade faz dos homens mais bonitos e vaidosos

A procura dos homens pela medicina estética aumenta muito a cada ano e não é apenas no grupo dos homossexuais. Atualmente os metrossexuais querem estar bem para suas mulheres, para o seu trabalho e para a sociedade. Para eles o importante é sentirem-se bem. Seja ter uma pele mais limpa e macia, sem cravos, espinhas e linhas de expressão, seja eliminar os pêlos inadequados. E por que não fazerem os tratamentos contra as gordurinhas localizadas ou as estrias?
A dermatologista Dra. Juliana Jordão, afirma que, em seu consultório, apenas este ano, o aumento dos clientes masculinos foi bem significativo: 30% em relação ao ano passado. Para ela, os homens procuram os tratamentos dermatológicos para sentirem-se bem com eles mesmos. “A imagem é muito importante na vida social e no mercado de trabalho, por isso, a imensa procura dos cuidados com a autoimagem. Além disso, quem se sente bem, perante o espelho, tem uma melhora na autoestima e na autoconfiança”. E os homens já não tem mais vergonha de assumir que fazem tratamentos para ficarem mais bonitos: “Muito pelo contrário, um amigo indica ao outro”, explica. A médica conta que entre os tratamentos mais procurados estão: a depilação em área de barba e peitoral, a toxina botulínica para as rugas - o chamado botox - o laser para os poros e para as estrias, o creme para a prevenção do envelhecimento e controle da oleosidade, a aplicação de laser para o estímulo de crescimento capilar e a luz pulsada para remoção de manchas de mãos e face.
Já a doutora e antropóloga, Marília Gomes de Carvalho, atribui a esta mudança social as atuais transformações dos costumes. “O homem atual contribui com o trabalho doméstico, com a responsabilidade na escola das crianças, por exemplo, e a tendência é ele querer um espaço que antes era apenas das mulheres, como ter seu dermatologista e fazer procedimentos para ficar mais bonito.” Segundo ela, há muito preconceito porque a sexualidade dos homens está sempre sendo colocada à prova, mas nem todos estão preocupados com isto. “Vivemos em uma sociedade plural, onde a diversidade de costumes, hábitos e padrões reina absoluta”, explica.