Pernambucano faz show de lançamento de "A/B", álbum repleto de participações especiais
A transgressão de Vitor Araújo é um dos ingredientes para a repercussão de seu trabalho. Tocando piano desde os nove anos de idade, o pernambucano se alimenta tanto da música erudita quanto do universo pop para criar a sonoridade única de seus concertos e suas gravações. Pela primeira vez em Curitiba, Vitor se apresenta no Teatro do Paiol no dia 7 de novembro, sexta-feira, às 21h, para mostrar as músicas do álbum "A/B".
O trabalho do pianista passou a ganhar destaque nacional quando apresentou uma releitura da música "Paranoid Android", da banda inglesa Radiohead, utilizando elementos de compositores eruditos, como Beethoven, Chopin, Bach e Villa-Lobos. Ele tinha apenas 18 anos de idade e também comprou briga com muita gente ao causar polêmica por improvisar linhas em composições eruditas já consagradas.
Em "A/B", lançado em 2012, o pianista mostra pela primeira vez um trabalho de estúdio. Com seis faixas autorais e duas vesões, Vitor divide o álbum em dois lados, como se fosse um LP, variando entre a agressividade, a angústia, a suavidade e a melancolia. Na primeira parte, a suíte "Solidão" aparece dividida em quatro faixas. Já no lado B, convidados especiais chamam a atenção. Naná Vasconcelos participa em "Jongo", Yuri Queiroga faz a programação de sampler em "Baião", o grupo Rivotrill aparece em "Véloce" e até mesmo a banda Macaco Bong, conhecida por suas músicas pesadas, está em "Pulp".
A mistura de universos, presente há anos em seu trabalho, dá as caras também na ficha técnica. Há homenagens tanto aos pintores Modigliani e Renoir, quanto ao diretor e dramaturgo Zé Celso Martinez, ao escritor Charles Bukowski, ao cineasta Quentin Tarantino e a bandas como Pink Floyd e Rage Against the Machine. Para completar o pacote, o álbum foi mixado por Buguinha Dub, engenheiro de som acostumado a trabalhar com Nação Zumbi e Racionais MCs.
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