A 32ª Oficina de Música de Curitiba abriu sua primeira semana de atividades com um show de metais apresentado na noite de ontem pelo Portuguese Brass Quintet, de Portugal, no Teatro do Paiol. Formado pelos músicos Paulo Guerreiro (trompa), Ilídio Massacote (tuba), Jarrett Butler (trombone), António Quítalo e Jorge Almeida (ambos, trompetistas) – todos integrantes da Orquestra Sinfônica Portuguesa do Teatro Nacional de S. Carlos -, o concerto teve como mote temas populares tocados com virtuosismo. Os sorrisos durante a evolução das peças, os movimentos de cabeça e dos pés acompanhando o ritmo e os aplausos calorosos demonstraram a aprovação dos presentes. Com leveza e simpatia, os músicos conquistaram o público curitibano.
O quinteto se conhece há duas décadas, mas somente há um ano resolveu “juntar os metais”. "Somos grandes amigos", diz o trompetista Jorge Almeida. "Essa cumplicidade se reflete no palco. Lá, tiramos proveito da capacidade que cada um tem e tentamos passar essa energia para o público." Perguntado sobre o público curitibano, Almeida se disse muito satisfeito. "Aqui, me sinto em Portugal. Mas em verdade, vos digo: o feedback da plateia foi melhor do que esperávamos", decretou.
O grupo executou obras como Quinteto Número 1, de Malcolm Arnold, tema do filme “A Ponte do Rio Kwai”, “West Side Story”, de Leonard Bernstein, “Libertango”, de Astor Piazzolla e “Samba de uma Nota Só”, de Tom Jobim, entre outras. E o quinteto “pediu licença” para tocar um fado que encantou o público.
O músico Ricardo Janotto levou o filho Joshua, de três anos, ao Paiol. “Não é a primeira vez que o Joshua acompanha um concerto. Considero essa iniciação musical importante para que ele se acostume e vivencie desde cedo atividades culturais”, disse. Ricardo qualificou a apresentação como “maravilhosa” e destacou a presença de músicos de vários países em Curitiba. "Os músicos brasileiros precisam de outras referências musicais para enriquecer sua técnica e sua percepção estética." Ele apreciou a escolha do repertório – "o mais valioso foi o ecletismo na escolha."
A paraguaia Maria Sol é advogada e mora em Curitiba há um ano e meio. Ela, que não conhecia a Oficina da Música ou o Teatro Paiol, está aproveitando o evento para ouvir música de alta qualidade e conhecer espaços culturais da cidade como a Capela Santa Maria e o Paço Municipal. "É maravilhoso, vou ver o que puder." Nesta terça-feira, ela assistirá ao recital de cravo apresentado pelo músico Fernando Cordella a partir das 12h30 no Paço da Liberdade.
Diferente de Maria Sol, Rita Bernardino – assessora do Consulado Geral da Itália em Curitiba – acompanhou e prestigiou as atrações das edições anteriores da Oficina da Música. "Os eventos são sempre enriquecedores, tanto a parte erudita quanto a popular." Ela, que não conhecia o Portuguese Brass Quintet, estava ansiosa – e aprovou o que viu e ouviu.
Oficinas - Os músicos portugueses ministrarão cursos dentro da 32ª Oficina de Música. Ainda é possível inscrever-se nas oficinas de trompa, com Paulo Guerreiro, e de tuba com Ilídio Massacote. As turmas de trombone, com Jarrett Butler, e trompete, com António Quítalo e Jorge Almeida, já estão esgotados.
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