As artes marciais, como se sabe, vêm de tempos antigos e praticamente todos os continentes possuem uma própria. Transformadas em esporte recentemente, as lutas têm passado de geração em geração desde a época dos grandes samurais. Porém, desde aquele tempo, novas artes foram criadas enquanto outras foram aperfeiçoadas, a exemplo do Muay Thai e do Jiu-Jitsu. O fato é que independente do momento, as artes marciais sempre estiveram na história e por muito tempo foram alvos de certo preconceito.
Fernando Falkenbach, faixa preta em Muay Thai, formado em Educação Física, pós-graduado em Fisiologia do Exercício, instrutor e sócio-proprietário da academia Thai Brasil, assegura que o preconceito quanto ao esporte ainda existe, porém, ressalta que este pensamento está mudando. “A verdade é que o reality show transmitido pela Rede Globo colaborou, e muito, com a quebra desse tabu em relação às artes marciais. A procura pelo esporte também cresceu bastante e o preconceito caiu consideravelmente”, declara Falkenbach. “As técnicas de treino e conceitos desenvolvidos ao longo de anos desde a criação dessas artes estimulam, naturalmente, a paciência, autocontrole e tolerância do praticante”, conclui.
Para se ter ideia da dimensão dos benefícios que estes esportes trazem aos seus adeptos, já é possível encontram escolas públicas e particulares implementando modalidades como Jiu-Jitsu e Muay Thai em contra turno para os alunos. “Antigamente só eram ofertadas as modalidades de Judô ou Tae Kondo nas escolas. Mas, a Thai Brasil, por exemplo, realiza ações sociais em escolas estaduais de Curitiba e Piraquara, ministrando outras modalidades e os resultados são incríveis. Podem-se ver crianças que tinham histórico de má conduta, e até de violência, que evoluíram muito seus aspectos pessoais e seu relacionamento interpessoal após iniciarem os treinos. Com esses princípios, o próprio bullying, que é uma recente preocupação, também pode ser evitado”, conclui Falkenbach.
Ao contrário do que se pode imaginar, as lutas visam o autocontrole e a defesa pessoal, desta forma, não sendo uma prática que incite a violência. Atualmente é possível encontrar diversos estudos relacionados ao comportamento de pessoas que praticam este esporte e, em uma massiva maioria, indicam uma melhora no comportamento do atleta, além de maior índice de paciência, autocontrole e tolerância.
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