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sexta-feira, 1 de maio de 2009

O MERCADO PUBLICITÁRIO FRENTE À CRISE

Apesar da crise econômica mundial ser notícia diária em todos os veículos de comunicação e assunto debatido exaustivamente pelas pessoas em toda e qualquer ocasião, seus reais efeitos ainda não são conhecidos com precisão. Pelo menos em alguns setores da economia.

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Controvérsias sobre os efeitos da crise econômica a parte, ainda tem muita gente confiante nos resultados futuros. Na publicidade, as previsões cautelosas podem até abalar a confiança de alguns, mas em um cenário geral o que se vê são muitas empresas e profissionais que não se deixam abater pelas incertezas.
De um lado, cortes de gastos e estagnação, de outro, criatividade e ousadia. Essa divisão de comportamento na verdade, é completamente natural em épocas de instabilidade econômica. Não dá para ignorar o que está acontecendo no mundo, mas posturas e atitudes corajosas e otimistas são sempre bem vindas em períodos assim.
A montadora alemã Audi, anunciou que continuará a agir como antes da crise, com investimentos de mais de 100 milhões de reais para o período de 2009 a 2011, dentre os quais está incluída a verba para publicidade.
Outras empresas do setor automobilístico também não se intimidaram com a crise. A sul-coreana Kia, aumentou em 16% a verba destinada às ações publicitárias, prevendo um investimento de mais de 60 milhões de reais. A Hyundai anunciou que investirá 150 milhões de dólares a publicidade e propaganda.
A Casas Bahia, uma das principais clientes do mercado publicitário brasileiro, acredita que seu faturamento não diminuirá em 2009, e já declarou que não pensa em economizar nos gastos com marketing. Pretende manter, assim como outras duas grandes anunciantes, a Unilever e a Fiat, o nível de investimento feito em 2008.
Para o economista de formação, mas atuante na publicidade desde 1992, Ricardo Gameiro, sócio-proprietário da Gameiro Filmes, “a crise afeta todo mundo, mas obriga as empresas a mostrarem sua cara e anunciarem mais”. Gameiro acredita que não haverá crescimento em 2009, mas também não aposta em uma retração do mercado de produção.
De acordo com especialistas da área, o segundo trimestre do ano poderá deixar a situação mais clara em decorrência do número de datas comemorativas – páscoa, dia das mães e dia dos namorados, que movimentam o comércio e a mídia.

A SITUAÇÃO EM CURITIBA
Ainda que as maiores empresas, produtoras e agências estejam concentradas em São Paulo, o mercado publicitário e de produção em Curitiba vive uma boa fase. Por oferecer profissionais e serviços de alta qualidade e localização estratégica, que possibilita, em menos de uma hora, locações de serra, mar e centro urbano, a capital paranaense acabou ganhando força no mercado nacional.
A possibilidade de fazer até quatro locações em um dia, não é viável em capitais como Belo Horizonte, Rio de Janeiro e São Paulo, mas é em Curitiba, o que proporciona uma economia significativa em termos de produção. Com isso a maioria das produtoras locais passou a atender também o mercado de outros estados, fazendo co-produções para as grandes produtoras do país.
Ricardo Gameiro, sócio-proprietário da produtora curitibana Gameiro Filmes, está tranqüilo com relação ao futuro do mercado publicitário e de produção de filmes por aqui. Sua preocupação recai sobre a manutenção da qualidade das produções locais. Gameiro ressalta que ninguém se beneficia com a crise e que as produções realizadas aqui devem ser reconhecidas nacionalmente pela qualidade, tanto do trabalho quanto das locações, e pelo prazo de entrega. Segundo ele “as grandes produtoras têm mais capital de giro, e em períodos de crise, começam a abaixar os preços pra continuar trabalhando, prejudicando o crescimento das produtoras menores. O efeito colateral disso recai sobre o mercado como um todo, gerando uma espécie de leilão em que todo mundo perde, inclusive o telespectador que já é bombardeado com muita porcaria”.

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