Segundo levantamento da Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic), nos últimos sete anos, o consumo do café fora de casa cresceu 170%
Hábito adquirido na infância, o consumo de café é uma unanimidade nacional - 97% dos brasileiros acima dos 15 anos consomem ao menos uma xícara diariamente. Apesar da tradição, alguns comportamentos relacionados à bebida mudaram significativamente. Seja pelo aumento do poder aquisitivo ou pela crescente curiosidade de provar especialidades diferentes, é perceptível uma maior sofisticação no consumo. Frequentar cafeterias ou boutiques de café se tornou um hábito cada vez mais comum. Segundo levantamento da Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic), nos últimos sete anos, o consumo do café fora de casa cresceu 170%.
O aumento do consumo e a consolidação de um mercado de grãos gourmets tem provocado uma expansão extraordinária das cafeterias no Brasil. De acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic), o setor cresce 20% ao ano e já contabiliza mais de 2.500 estabelecimentos no país. O aquecimento do mercado é favorecido pela melhoria contínua da qualidade do café produzido no Brasil, do cultivo à torrefação.
Inaugurado este ano, o serviço de café é uma das apostas do PaneOlio Ristorante & Caffè. A casa investiu na contratação de três baristas, desenvolveu um cardápio com mais de 20 opções da bebida e aposta no uso do premiado grão da Fazenda Pessegueiro, 100% Arábica. "Percebemos um consumidor mais aberto à experimentação e mais exigente com relação à qualidade do café", diz o empresário Rubens Anndre Catenacci. Para ele, esta sofisticação contribui para despertar o interesse por ambientes mais acolhedores, que permitam saborear o café com tranquilidade e conforto.
O perfil deste consumidor revela-se bastante variado, mas um aspecto comum parece ser a informação. Para a barista Ana Cristina Mascarenhas, do Troppo Buono Café e Salgados, a facilidade em pesquisar sobre o tema na internet tem tornado o consumidor mais esclarecido sobre o tema. "Existem inclusive cursos para apreciadores de café, que permitem ampliar o conhecimento sobre tipos de grão, região de produção, tipo de torra, graduação de moagem. Hoje o cliente quer saber que tipo de café você está servindo para ele", comenta a barista, que adota na cada o café Nuance, produzido no sul de Minas Gerais.
Mas não é preciso fazer cursos ou ter conhecimento aprofundado para degustar um bom café. Diferente do café coado feito em casa, a bebida preparada com o grão gourmet é mais encorpada e o aroma é um convite à experimentação. No cardápio do PaneOlio os expressos são os mais pedidos. O Italiano, mais forte, leva em sua composição 30 ml de água e 7g de café. Já o Lungo, mais suave, usa 50 ml de água para a mesma medida de café. Para um sabor mais intenso há o Resfreatto, usa apenas 18 ml de água para 7g de café. No Troppo Buono uma sugestão irresistível é o Cappuccino Especial, que leva pedaços de chocolate.
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